COMENTÁRIO (INFORMAÇÃO TÉCNICA/SOBRE O EXAME/PARA QUÊ SERVE O EXAME):
O pentaclorofenol (PCF) é um sólido branco com odor fenólico, insolúvel em água, mas que se dissolve rapidamente em óleos e gorduras. Normalmente, é encontrado na forma de sal, principalmente o pentaclorofenato de sódio. É usado como preservante de madeira, desfolhante na cultura de algodão, herbicida, e biocida em sistemas de água. A exposição ocupacional ocorre principalmente por inalação e contato dérmico em fábricas de tratamento de madeira ou em plantações em que é utilizado agrotóxico contendo pentaclorofenol. A inalação de pentaclorofenol provoca irritação no trato respiratório, garganta e olhos, produzindo sensação de queimação e lacrimejamento. Na exposição a altas doses, podem ocorrer fraqueza, convulsões, alterações respiratórias, da pressão sanguínea e do débito urinário. A exposição crônica a pequenas quantidades pode causar danos aos rins, fígado e sistema nervoso e alterações hematológicas. A Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer (IARC) classifica o pentaclorofenol como cancerígeno para o ser humano. Atualmente, seu uso está proibido em muitos países, inclusive no Brasil. O PCF, seus sais e ésteres estão na lista de poluentes orgânicos persistentes da Convenção de Estocolmo, um tratado internacional que visa a eliminação segura desses poluentes e a limitação da sua produção e uso, do qual o Brasil é signatário. A última atualização da NR-7 não inclui o Pentaclorofenol entre os agentes químicos a serem monitorados e, consequentemente, a dosagem de Pentaclorofenol na urina não consta entre os indicadores biológicos de exposição excessiva listados (Anexo I).