O mercúrio é um metal de elevada toxicidade. Penetra no organismo através de diferentes vias, podendo causar toxicidade sistêmica ou lesões locais em pele e mucosas, dependendo de sua forma de apresentação. A absorção do Mercúrio Metálico ocorre principalmente pela inalação de vapores do mercúrio líquido. Esta forma de intoxicação é frequente em garimpeiros que não utilizam equipamentos de proteção. O mercúrio metálico se deposita principalmente nos rins e cérebro e sua excreção se dá, em sua maior parte, por via renal e intestinal. A inalação do vapor de mercúrio pode provocar irritação das vias aéreas, com tosse, dispneia, dor pleurítica e bronquite. Pneumonite intersticial e edema agudo de pulmão podem ocorrer na exposição maciça. Na intoxicação crônica, podem ser observados tremores, ataxia, insônia e alterações de personalidade, além de gengivite, estomatite e diarreia. A dosagem de Mercúrio em urina coletada antes da jornada de trabalho é o indicador biológico recomendado pela NR-7 para avaliação da exposição ocupacional ao Mercúrio Metálico. A legislação brasileira (NR-7) não determina a coleta de urina de 24 horas para avaliação de exposição ocupacional.