A doença criptococose atinge primariamente os pacientes com imunodeficiência das células T, em especial, portadores de AIDS e neoplasias. O Cryptococcus é uma levedura encapsulada. Sua infecção inicia-se com infecção pulmonar, sendo assintomática e totalmente resolvida em imunocompetentes. Em imunodeprimidos, a infecção espalha-se por pulmões, ossos, rins, fígado, pele, e em especial no sistema nervoso central. O teste do antígeno criptocócico é útil no diagnóstico da criptococose, podendo ser realizado no líquor (LCR), no soro ou sangue total. O título do antígeno geralmente se correlaciona com a carga fúngica. O antígeno criptocócico sérico é positivo em infecções criptocócicas meníngeas e não meníngeas, e pode estar presente semanas a meses antes do início dos sintomas. Em um paciente com HIV, quando os títulos séricos de antígeno criptocócico são >1:160, a doença disseminada torna-se cada vez mais provável, e quando os títulos são >1:640, o envolvimento disseminado e/ou do SNC deve ser assumido, independentemente dos resultados do teste do LCR. Pessoas com títulos elevados de antígeno sérico (> ou= 1:1280) devem ser considerados como portadores de doença disseminada, independentemente dos sintomas. O monitoramento dos títulos de antígeno criptocócico não é recomendado para avaliação da resposta ao tratamento. A utilização do teste de antígeno criptocócico não é recomendada para o diagnóstico de episódios subsequentes de meningite criptocócica, pois títulos em níveis baixos podem persistir por longos períodos de tempo após a terapia apropriada e a resolução da infecção. Como os pacientes sem HIV tendem a ter uma carga criptocócica menor, a sensibilidade do teste de antígeno sérico é menor do que em pacientes com HIV.