COMENTÁRIO (INFORMAÇÃO TÉCNICA/SOBRE O EXAME/PARA QUÊ SERVE O EXAME):
O clorobenzeno é um líquido incolor, com odor semelhante ao de amêndoas, inflamável, que atua em sínteses orgânicas nos processos industriais, como solvente de vernizes, resinas e betumes. Por meio de reações de cloração, é transformado em diclorobenzenos, precursores na produção de polímeros, desodorantes sanitários e pesticidas. Em reações de nitração, pode-se obter cloronitrobenzenos, intermediários na produção de antioxidantes encontrados em borrachas. Em reações de sulfonação, participa da fabricação de ácidos clorobenzenossulfônicos, empregados como catalisadores, tensoativos na fabricação de detergentes, intermediário de compostos farmacêuticos como sulfamidas, entre outros. A liberação de clorobenzeno (mono) no ambiente está associada a volatilização devido ao uso do composto como solvente na produção de agrotóxicos. A maior fonte de exposição humana aos clorobenzenos é o ar. Estudos indicam que a toxicidade dos clorobenzenos aumenta com o nível de cloração dos compostos. O contato com o clorobenzeno (mono) pode ocorrer também por via dérmica, principalmente na exposição ocupacional. Trabalhadores expostos a elevadas concentrações de clorobenzeno (mono) apresentam dores de cabeça, sonolência, espasmos musculares, apatia, náuseas e vômitos. O monoclorobenzeno apresenta baixa toxicidade aguda, porém a exposição oral a altas doses causa efeitos principalmente no fígado, nos rins e no sistema hematológico. A gravidade dos sintomas vai depender da via, quantidade ou duração da exposição. O produto inalado é absorvido pelos pulmões. Pacientes asmáticos podem cursar com aumento da reatividade brônquica. Exposições ao clorobenzeno na forma líquida causam dermatites, eritema e conjuntivites. O clorobenzeno é metabolizado em uma variedade de compostos clorados, excretados principalmente pelos rins. A dosagem de 4-clorocatecol na urina é um dos indicadores biológicos recomendados pela NR-7 para avaliação da exposição ocupacional ao clorobenzeno.